domingo, 5 de fevereiro de 2012


O amor é algo realmente sem explicação, quando é correspondido tem uma força capaz de nos levar ao céu. Mas quando gostamos muito de alguém e somos apaixonados por essa pessoa corremos sérios riscos de confundir esse sentimento de carinho, desejo e palpitações com amor. Eu nunca disse claramente um Eu Te Amo para alguém, apesar de já ter passado diversas vezes na minha cabeça a vontade de dizer, mas parece que o meu coração não me deixava falar. E apesar de me sentir protegida, querida e segura por quem ao meu lado estava ainda faltava sempre alguma coisa, um empurrãozinho de nada que nem com o tempo foi capaz de me fazer saber se era amor ou não. Eu vivo olhando para o céu, procurando estrelas, admirando a lua e todas as coisas simples e belas que vivem ao meu redor. Sou sincera e leal ao que sinto, mas e quem não sente? E quem dissimula? E quem mente? Será possível que pessoas assim serão capazes de amar alguém um dia, ou até mesmo amar a si próprio mesmo sabendo que não é honesto com a pessoa que lhe entregou o seu coração? Não sei... Mas em meio a tantas coisas frias, cruéis e talvez até mesmo impensadas, eu prefiro entre todas deixar se sobressair apenas os lindos momentos, as risadas, as descobertas, os abraços e entre tantas outras... Prefiro recordar a felicidade, porque o restante não vale a pena ter um significado e me fizeram perceber que não foi amor. Pois se fosse, talvez houvesse perdão, ou até mesmo não.. porque é difícil perdoar uma coisa que a gente sabe que nunca a faria e então não conseguimos se colocar no lugar do outro, não entendemos e no fundo ficaria aquela magoazinha  no peito representando sempre uma insegurança tremenda. Não foi amor, me precipitei se demonstrei que fosse, pois não me restaram mágoas, raiva, e nem mais uma explicação eu gostaria de ouvir, porque estar ao seu lado para isso já não seria mais agradável e eu já nem me importo mais.

sábado, 23 de julho de 2011

Paixão

Quando criança morria de medo de quando chegasse a hora de eu me apaixonar. Se apaixonar era coisa estranha eu tinha vergonha do que iriam pensar. Com sentimentos sempre muito puros, nunca deixava ninguém se aproximar, ninguém que parecesse ter algum interesse. Eu era criança, só queria brincar. Mas na viagem da descoberta alguns conseguiram chegar mais perto, tocar minhas mãos e.. Só! Até acontecer o primeiro beijo já havia se passado muito tempo, querendo ou não o primeiro beijo acontece quando ainda somos crianças, e comigo não foi diferente. Eu não queria mais sair na rua, não conseguia dormir direito e consegui apagar o momento da memória. Isso que deu dar um simples beijinho em um garoto sem estar com vontade nenhuma, ele definitivamente não era o meu amor de infância. Aliás amor de infância eu não tive, nem paixão de adolescência. Mas quando mocinha com ar de ingênua e olhar distraído comecei a amar. Não era paixão era amor de verdade, sincero e tímido que eu deixei de vivê-lo por capricho. Por preferir ficar sozinha do que se entregar. Paixão mesmo eu só tive depois dos 20. Daquelas de tirar o fôlego, perder o sono de tanta saudade de ter nos braços quem vive estando nos nossos braços a todo momento. É melhor se apaixonar assim, mais madura sem medo nem receio do que vão pensar. Fazer loucuras, sorrir a toa e não fazer nada para impedir que meus olhos brilhem feito duas estrelas quando ele chega perto e me abraça devagar.

Infância



Minha infância teve cheiro de caju fresquinho e um sabor doce muito especial. Era criança mas já era ligada na vida, gostava de me entreter com tudo que me fizesse pensar. Cantava, pulava, admirava e comia flores. As flores tinham um gosto mágico que me inspiravam sonhos com anjos gordinhos e flechas de cupido! A imaginação sempre trabalhava buscando novas descobertas, me instigando a procurar saber um pouquinho de tudo. Curiosa como sempre, queria saber quem era a tal cegonha que me trouxe para este mundo tão pequeno, tão diferente do mundo que eu já havia criado para mim. Ainda era tão pequenina, mas já guardava no coração sentimentos lindos que não sabia expressar, pois tinha medo de se magoar. Dizer um eu te amo era e continua sendo algo de muita emoção, acabo deixando guardado para não sair por ai se emocionando o tempo inteiro, deixando as pessoas perplexas por saber como pode alguém ser tão sentimental. E a menininha cresceu, mudou o foco dos seus pensamentos que deixaram de ser os sonhos para o foco da vida real. Não que eu deixei de sonhar, jamais. Mas é que eu passei a viver meus sonhos. Não há nenhum castelo por aqui, nenhum príncipe encantado, mas há belos momentos acontecendo a todo instante me fazendo mergulhar no meu mundo de fantasias.