sábado, 23 de julho de 2011

Paixão

Quando criança morria de medo de quando chegasse a hora de eu me apaixonar. Se apaixonar era coisa estranha eu tinha vergonha do que iriam pensar. Com sentimentos sempre muito puros, nunca deixava ninguém se aproximar, ninguém que parecesse ter algum interesse. Eu era criança, só queria brincar. Mas na viagem da descoberta alguns conseguiram chegar mais perto, tocar minhas mãos e.. Só! Até acontecer o primeiro beijo já havia se passado muito tempo, querendo ou não o primeiro beijo acontece quando ainda somos crianças, e comigo não foi diferente. Eu não queria mais sair na rua, não conseguia dormir direito e consegui apagar o momento da memória. Isso que deu dar um simples beijinho em um garoto sem estar com vontade nenhuma, ele definitivamente não era o meu amor de infância. Aliás amor de infância eu não tive, nem paixão de adolescência. Mas quando mocinha com ar de ingênua e olhar distraído comecei a amar. Não era paixão era amor de verdade, sincero e tímido que eu deixei de vivê-lo por capricho. Por preferir ficar sozinha do que se entregar. Paixão mesmo eu só tive depois dos 20. Daquelas de tirar o fôlego, perder o sono de tanta saudade de ter nos braços quem vive estando nos nossos braços a todo momento. É melhor se apaixonar assim, mais madura sem medo nem receio do que vão pensar. Fazer loucuras, sorrir a toa e não fazer nada para impedir que meus olhos brilhem feito duas estrelas quando ele chega perto e me abraça devagar.

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